Verbos abundantes são aqueles que têm duas ou mais formas equivalentes, ainda que uma delas aos poucos deixe de ser empregada. É o caso do verbo haver em suas formas havemos/hemos, em que a segunda é pouco utilizada. Na portuguesa, os exemplos mais numerosos de abundância se dão no particípio.
Os particípios da língua portuguesa podem apresentar duas formas: uma regular (terminada em -ado/-ido) e uma irregular (como em feito, salvo). Os particípios regulares são usados na voz ativa, com os verbos auxiliares ter e haver.
Os particípios irregulares são usados na voz passiva, com os verbos auxiliares ser, estar e ficar.
Os políticos foram eleitos pelo povo.
As apostilas foram impressas na gráfica.
Na norma culta, chegar apresenta apenas o particípio regular: chegado.
Alguns verbos apresentam apenas particípios irregulares (escrever, descobrir, cobrir, subscrever, abrir):
Dom Casmurro foi escrito por Machado de Assis.
O Brasil foi descoberto em 1500.
Veja abaixo alguns exemplos de verbos abundantes que possuem dois particípios. É sempre bom lembrar que algumas formas indicadas abaixo não são muito utilizadas no português usado no Brasil.
*As abreviaturas entre parênteses indicam se o particípio é usado com a voz ativa (a.) ou a voz passiva (p.).
Observe também a conjugação do verbo construir, que é abundante em algumas pessoas do singular e do plural:
Presente do indicativo: construo, construis (ou contróis), construi (ou constrói), construímos, construís, construem (ou constroem).
Imperativo afirmativo: construa, construi tu (ou constrói tu), construa, construamos, construí, construam.
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